segunda-feira, janeiro 12, 2009

Vila Real:comunicado da Associação de Utilizadores do IP4

Em circunstâncias que não estão publicamente explicadas parece que a manutenção do IP4 terá passado para a responsabilidade do consórcio vencedor do concurso para a concessão da Auto-Estrada Transmontana, designado de Auto-Estrada XXI.

Desde que tal terá sucedido, e no curto espaço de 15 dias, que se tem vindo a constatar uma notória insuficiência de meios de manutenção, principalmente de limpa-neves, que levaram a que, por mais que uma vez e em vários locais, os utilizadores do IP4 tivessem ficado retidos, por largar horas, em pleno IP4, debaixo de condições climatéricas muito adversas.Esta insuficiência de meios contrasta gritantemente com os meios que, por exemplo, a concessionária da A24 dispõe, e contrasta ainda mais escandalosamente com a avalanche publicitária e de eventos que a concessionária Auto-Estrada XXI lançou em toda a região de Trás-os-Montes, com outdoors, anúncios radiofónicos e de página inteira na imprensa local e nacional, para anunciar um produto que não é vendável e que ainda nem sequer existe: uma auto-estrada. A auto-estrada por que todos tanto lutámos e que ainda sem existir já serve para esbanjamentos.O comunicado da Associação de Utilizadores do IP4 refere ainda que “ocorre muito naturalmente perguntar se o dinheiro aplicado nessas campanhas não seria com muito mais propriedade aplicado na manutenção do IP4, que pelos vistos a empresa assumiu fazer, e designadamente na prevenção de situações de risco elevado, como são os nevões.A Associação de Utilizadores do IP4 enaltece os esforços e o trabalho desenvolvido pela Protecção Civil e, muito especialmente, por ser trabalho voluntário, pelos Bombeiros de toda a Região, mas não pode deixar de reivindicar que em Portugal, e em especial numa via com o triste historial do IP4, se não entregue a Protecção Civil e a Segurança a quem não é capaz de a promover. A AUIP4 sugere mesmo que o dinheiro aplicado nestas campanhas inúteis seja canalizado para uma verdadeira campanha nacional do serviço público de televisão que possa esclarecer as populações, por exemplo, dos significados dos alertas amarelos, laranjas e vermelhos e de quais as condutas de prevenção, socorro e segurança a adoptar em cada um deles. E isso, infelizmente, não se vê.
Assina o comunicado
O Presidente da Direcção


Luís Bastos

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